As
Inebriadas Contemplações
Autor:
Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:
23/08/2016
1.
Todo princípio de entendimento nasce de uma ousadia interna, que nada mais é
que "conhecer-se" pelas diversas camadas que nos aprisionam em formal
reflexo, tanto nas considerações de nossa autoimagem constantemente tensionada
pelas influências externas, quanto no modo com o qual os sentidos entre as
coisas são captados, tal como se retratassem o comportamento de um conjunto de
diferentes espelhos, entre momentos de orientação e de confusas apreensões.
2.
As inebriadas contemplações, percebidas pelos enredos da ideologia, contaminou
o mundo a tal ponto que as palavras e as relações lógicas entre elas
escravizaram-se pela eficiência da comunicação, pelo que elas subscrevem sempre
em poder de mobilização social. Com efeito, os monumentos da ignorância, as
"universidades" modernas, que já não guardam nenhum espírito de
universalidade, respaldaram o inebrio das ideias movidas pelas paixões torpes e
exploraram, até às últimas consequências, a razão sob os devaneios dos poetas
da revolução.
Enfim,
não cessaram ainda a realização de manifestos em inebriadas contemplações, na
inquietude dos suspiros das visões falsas sobre o mundo.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".