domingo, 27 de setembro de 2015

A Nova Ordem Mundial: a terceira revolução?




Meu comentário sobre a Nova Ordem Mundial (Parte 1)
Título: "A Nova Ordem Mundial: a terceira revolução?"
Autor/Leitor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 25/09/2015
(Comentário embasado no texto Um comentário e uma análise)

Link:

Comentário_Álvaro Vinícius de Souza Silva

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Link:Wikipedia

terça-feira, 22 de setembro de 2015

É livre o compartilhamento deste texto, desde que sejam citados o autor, a data original e o meio em que foi publicado.

(Foi publicado no blog Polymath Sirius_ASociety)

Um comentário e uma análise

(Parte 1)
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 20/09/2015
No meu perfil da rede social Facebook,  publiquei o seguinte comentário:
   É preciso identificar e analisar, em toda situação ou problemaquais as perspectivas mais estimadas pelo 'establishment de mídia', especialmente quando se customizam interpretações com algum enxertamento sentimental. Não há somente dois lados de uma 'única moeda', porque são 'várias moedas' em jogo e de diferentes tipos. A Europa está sob as rédeas de grupos que cobiçam uma nova estrutura de poder mundial. E para isso, nada melhor que plantar as sementes da convulsão social no velho continente. [Data: 18/09/2015]
Link:Postagem
  Nesse comentário, destaquei a necessidade de observar dois raciocínios: i) a identificação e a análise das estimadas perspectivas do “establishment de mídia"; ii) as várias possibilidades geopolíticas em jogo, já que se trata de "várias moedas" de "diferentes tipos". O segundo raciocínio nos leva para uma dúvida bastante fundamental, ainda que trivial, quando ele se junta ao primeiro numa articulação de ideias positivas, por meio da qual se consolidaria uma interpretação provisoriamente consistente. Essa dúvida, quando objetivada, poderia ser traduzida da seguinte maneira: se há um “establishment de mídia”, como poderíamos pensar em “várias moedas e de diferentes tipos” (grupos políticos) em ação? Observa-se, nessas expressões, o sentido pouco superficial e frugal da palavra “moeda”, pois coloco sob uma única camada verbal a ideia de probabilidade (chance) e a ideia de poder político, referenciando-os essencialmente numa hipótese de experimentação social, numa conjugação laboratorial de diferentes cenários.      
   Um leitor perspicaz e atento à raiz lógica da crise europeia entenderá perfeitamente que surge, no velho continente, o aprofundamento de tendências ideológicas em várias direções, ao mesmo tempo em que o decadente paradigma marxista-frankfurtiano tenta ditar os rumos da interpretação social no que ocorre no Ocidente. Apesar de seu irreversível declive, esse paradeigma ainda possui bastante influência na cultura juvenil, seja por meio de ONGs, de movimentos sociais ou de acadêmicos socialistas, uma vez que, atualmente, tal sistema de pensamento adquiriu uma formidável sincronia ideológica nos principais polos de representação da ordem ocidental. De modo sinóptico, basta notar o perfil ideológico do Sr.Barack Obama, a retórica do Papa Francisco (o jesuíta Jorge Mario Bergoglio) e a orientação crítica dos Think-Tanks com notáveis economistas (ex: Paul Krugman) e megainvestidores (ex: George Soros), que tentam perfilar o desenho intelectual de uma nova arquitetura na ordem econômica. É exatamente nesse ponto, portanto, que se localiza parcialmente a resposta para a aparente contradição entre a existência de umestablishment capaz de forçar a uniformização da opinião pública e o aparecimento das diversas possibilidades políticas que sacodem a cada dia o seio europeu. E tudo isso se movimenta na medida em que o velho continente começa a sinalizar profundas turbulências em sua própria tradição civilizacional e a dar abertura a algum nebuloso caminho para a "futura salvação" de sua ordem.
   Na Europa, presencia-se um súbito espectro político que abrange visões radicais. Há tanto partidos “esquerdistas” – ex: Podemos na Espanha— quanto agremiações de “extrema direita” que adotam um discurso antiislâmico —ex: Golden Dawn na Grécia, Front National de Marine Lee Pen na França, além de outros. Mas, para fechar esse quebra-cabeça, é necessário captar uma realidade de repercussão geopolítica no sentido leste (a crise ucraniana) -- tensão entre a UE-OTAN e a Rússia -- e o desenrolar do Estado Islâmico, sem falar do grupo Bilderberg.  


Outros links para o texto:
Um comentário e uma análise (Parte 1):
Link:doc(google)



Outros textos do autor:
O inabitual como susto: de Feyerabend a Charles Richet
Link:inabitualcomosusto_feyerabendcharlesrichet 
(blog:Polymath_SiriusASociety)
Link:inabitual_susto
O inabitual como susto: o cético pantomima
Link:inabitualcomosusto_ceticopantomima (site:Recanto das Letras)
A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg
Link:imprecisãoresolutiva
A insensatez adquirida
Link:insensatez_adquirida
A Natureza, as Leis cósmicas e a Evolução
Link:natureza_leiscosmicas_evolucao

Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O inabitual como susto: o cético pantomima

(Foi publicado no blog Polymath Sirius_ASociety)
O inabitual como susto: o cético pantomima
 Parte 2

  Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva


  Data: 01/09/2015  Hora: 00:52 (Fuso horário de Brasília)





       Não é difícil perceber que a formulação conceitual de um método - method, met, "depois", hódos, "caminho"-, atualiza sistematicamente um conjunto de diretrizes experimentais sobre o qual repousava alguns prognósticos rudimentares. Como consequência, esboça-se naturalmente um método por meio de identificadores de regularidade (parâmetros) numa dada observação. Em razão disso, surge a necessidade de testá-lo para hipóteses, hypothesishypo -- sob --, com thesis, proposição, propositio, proponere, a fim de estabelecer a configuração lógica, logikê, logikós, logia, que findará na aproximação conceitual entre method e logia, isto é, numa metodologia[1]. Para o cético mimético, um "cabeça oca" que anseia por preludiar a dúvida como o fim supremo, a evidência científica seria sempre o desdobramento da metodologia para a qual fixou um padrão de questionamento específico, baseando-se numa formuleta ginasial que esgarçaria noções muito limitadas e estapafúrdias, ainda que aparentemente justificáveis. Vejamos o seguinte  exemplo: a evidência da aceleração dos corpos pela lei galileana -- conceituação matemática referente à queda livre dos corpos -- tem consonância com a observação ou indução (eixo qualitativo) a partir da geometrização da realidade física (eixo de abstração lógica), em que a noção posicional dos corpos corresponde às relações analíticas entre pontos em uma dada referência. Caso um cético pantomima queira jorrar sua capacidade de duvidar unicamente pela síntese da aplicação metodológica galileana, procurando respaldar toda a ciência física nessa forma de avaliar os fenômenos físicos, ele logrará para si apenas a segurança do método para as situações cujos resultados foram plenamente confirmados, todavia criará algum obstáculo teórico para situações que apresentem explicações insustentáveis pelo método [2]. Por uma inabalável fidelidade ao método, tenderá assim a simplificar os fenômenos ou fichá-los em ad hoc. Uma maneira de entender isso é perceber a diferença intuitiva que procederia da interpretação entre a simples representação geométrica dos corpos em movimento e a relação entre variações infinitesimais em diferentes momentos da representação geométrica desses corpos. Nesse último caso, teríamos uma explicação física por base da teoria newtoniana e descrita matematicamente pela concepção de cálculo de Gottfried Leibniz. Através dessa abordagem Newton-Leibniz, amplia-se satisfatoriamente o número de situações abarcadas em um novo arranjo teórico, especialmente nos casos em que ocorre a variação da aceleração gravitacional, o que difere obviamente das previsões galileanas.  Devido à refundação das próprias ferramentas teóricas, propicia-se uma crise (crisis) no binômio teoria-método e os  limites da previsão galileana se tornam claramente evidentes. Nota-se, então, o aparecimento de um novo instrumental teórico -- o cálculo diferencial--sem o rígido auspício lógico da antiga metodologia físico-matemática, uma vez que os próprios fundamentos teóricos foram reestruturados.  Não houve um desenvolvimento direto da aplicação da lei na experiência, capaz assim de ratificar uma generalização para outras situações. 

    Mas o cético pantomima, ao exercitar a meditação do Asno Buridan, talvez ainda acredite em um método fabuloso, em um critério umbilical, em sua conduta de questionamento que deriva do apego ao método predileto e da respeitabilidade que alguma abordagem metodológica consolidou ao longo do tempo; ou, quem sabe, o cético pantomima ainda insiste em sua honra de duvidar pelo método e sob o método; enfim, nada mais!



Para a leitura da Parte 1:

"O inabitual como susto: de Feyerabend a Charles Richet"
(Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva)
E-mail: alvarovinixshered@hotmail.com


Notas:


1-Dicionário etimológico. Link: http://www.dicionarioetimologico.com.br/
2-Esse raciocínio que desenvolvi sobre a segurança do método como um fetiche intelectual, o qual pode obstaculizar o avanço de novas ferramentas teóricas, advém das leituras da obra  Against Method (Contra o Método),  de Paul K. Feyerabend.
Consulta bibliográfica:


FEYERABEND, Paul  K. Contra o Método; tradução Cesar Augusto Mortari.-2.ed.-São Paulo: Editora Unesp, 2011.

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Outros links para o artigo:


1-Issue



Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso solicitar a permissão do autor.

O inabitual como susto: de Feyeabend a Charles Richet.

O inabitual como susto: de Feyerabend a Charles Richet
 Parte 1

  Escrito por Álvaro Vinícius
  Fevereiro de 2015



 "Todas as metodologias, até as mais óbvias, tem os seus limites". (Paul Feyerabend)

“A nossa inteligência rotineira está de tal maneira ordenada, que se recusa a admitir o que é inabitual”. (Charles Richet)




Paul K.Feyerabend[1]
Charles Richet[2]




 É costumeiro analisar diversas situações por meio de um determinado referencial prático, seja em sua multiplicidade expressiva ou em seu fiel fundamento, no qual subsiste o princípio da convicção, que orienta, em especial, a interpretação. Nas ciências da natureza, por exemplo, existe um amplexo de possibilidades na elaboração de um sistema teórico, ao qual não se deixa de atribuir, com certa dose de sofisticação, os elementos formais da lógica, tais quais os princípios de identidade, da não-contradição e do terceiro excluído (tertium non datur); e sabe-se que, além disso, apenas um modelo teórico obterá êxito em função de circunstâncias que abrangem tanto a relação positiva entre a explicação e a experiência quanto os fatores que condicionam a natureza investigativa. Destarte, torna-se-ia inconcebível pensar em um único critério ou método de observação científica do qual se desmembre um serial de proposições, cujo esquema dedutivo seja capaz de delimitar toda a trama de um problema, até  mesmo quando esse critério representa a "vitória empírica" do processo seletivo de critérios, uma espécie de "primogênito" da experiência.  Segundo Paul K. Feyerabend, "um cientista que deseja maximizar o conteúdo empírico das concepções que sustenta e compreendê-las tão claramente quanto lhe seja possível deve, portanto, introduzir outras concepções"[3], uma vez que necessita adotar "uma metodologia pluralista", um conjunto de observações científicas a que se permita a coexistência de perspectivas contrastantes, diferentemente de uma persistência favorável a determinadas teorias por confabulações do espírito de conveniência e de época, como também da confirmação prática como a última instância para o carimbo de "segurança teórica". Um dos pioneiros da parapsicologia, autor da obra Traité de Métapsychique, o médico francês Charles Richet, observou bem antes de Feyerabend que "A nossa inteligência rotineira está de tal maneira ordenada, que se recusa a admitir o que é inabitual"[4]e, de fato, nossa salutar capacidade intelligiblis pode se submeter ao régio princípio de tudo avaliar e, ao mesmo tempo, desprezar o que se distancia do permanente vetor reflexivo mais comedido à prática dos papers, como se a natureza estivesse sob a batuta de um simples modelo verificação e análise. De acordo com Richet, "a história das ciências nos ensina que as mais simples descobertas foram repelidas, a priori, sob o pretexto de que estavam em contradição com a ciência" [4]; para Feyerabend, "Todas as metodologias, até as mais óbvias, tem os seus limites". Com efeito, resta-me dizer que, de Charles Richet a Feyerabend, de uma época a outra, o inabitual tece um susto acadêmico; e o que dizer atualmente, se o susto ainda existe? 


O inabitual como susto

Link: O inabitual como susto: de Feyerabend a Charles Richet.


Consultas bibliográficas:

1-http://fr.wikipedia.org/wiki/Paul_Feyerabend#mediaviewer/File:Paul_Feyerabend_Berkeley.jpg

2-http://fr.wikipedia.org/wiki/Charles_Richet#mediaviewer/File:Charles_Robert_Richet_5.jpg

3-FEYERABEND, Paul  K. Contra o Método; tradução Cesar Augusto Mortari.-2.ed.-São Paulo: Editora Unesp, 2011.


4-.RICHET, Charles. Traité de métaphysique.

Álvaro Vinícius

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